precisamos conversar sobre o we

Olá amizades. Não queremos que o Crabgrass seja somente um repositório de arquivos. Estamos tentando dar uma escapada das "redes sociais corporativas" e iniciar diálogos mais próximos das pessoas que acompanham o trampo da editora. Queremos saber que formas de utilização do "We" podem ser mais interessantes pra você e para o coletivo editoral. Sabemos que o We não tem um chat e funciona como um fórum, uma wiki, tarefas, etc. Essas ferramentas de produção são muito ricas, mas estamos sentindo falta de pessoas. Então vamos tentar mudar um pouco o sentido das coisas por aqui. Aguardo sugestões. Abraços.
 

Eu venho aqui no “we” várias vezes, faz parte da minha rotina. Mas fico um pouco triste e até mesmo preocupado, que me parece as vezes que essa “comunidade” é utilizada somente como um meio de conseguir pdfs facilmente. Não que eu ache isso ruim, de forma alguma. Apenas estou pensando um pouco mais sobre como vamos construir um projeto editoral “para além do Facebook”.

 
 

1- construir o projeto editorial de forma colaborativa/participativa é essencial;
1a- não estou no tal do “fb”.
1b- tb me pergunto como= ..." saber que formas de utilização do “We” podem ser mais interessantes pra você e para o coletivo editoral."
…/

um pitaco dialogal na questão editorial:
algumas reforço algumas das publicações, poderiam tb manter o original e o traduzido;

 
 

Mais de uma pessoa já conversou comigo sobre edições bilíngues. Sinceramente eu acho muito bacana. O problema é que além de fazer os livros, a gente também coloca a banquinha na rua e é lá na ponta que a gente conhece o melhor e o pior das pessoas. ehehehe. Infelizmente, uma versão como essa teria que ser somente no formato digital com os arquivos pra pessoa imprimir “se quiser”, porque se colocar lá na ponta, a galera não quer ler nem em espanhol… Então fico bem receoso.

Só para deixar mais evidente meu posicionamento: não sou contra de forma alguma, tampouco estou interessado em fazer livros “que agradem as pessoas”. Mas é que fazer livros requer comprar os materiais e equipamentos, carregar papel, imprimir, cortar, grampear, colar, carregar pra lá e pra cá. dai chega uma pessoa olha o livro em inglês, espanhol ou galego e diz: Bhá! Mas não tem em português?

Mas podemos tentar em algum título. Eu gosto muito do “Carta à Meneceu” que tem as páginas em grego. Usei na universidade, mas para enviar para as amizades eu retirei o grego pra não gastar papel :(

 
 

Eu adoro edições bilingues, mas é de nicho total. Usualmente, quem se preocupa com isso é a nata da elite acadêmica.

 
 

Voltando para o assunto original, um lugar só tem vida se ele é frequentado, habitado, vivido. Eu vi sentido no we desde o primeiro dia que descobri essa rede social. Como fazer pras pessoas habitarem aqui? Não sei. Como elas poderiam habitar do seu jeito se não frequentam o espaço? Parece impossível! Acho difícil que convençamos alguém.

Uma forma de trazer as conversas e interações para cá é sempre responder a uma mensagem enviada através de outra plataforma com “respondi lá no we” ou “Tem uma discussão rolando sobre isso lá no nosso grupo no we”.

 
 

1- eu gosto de ler poesia, cronica, conto, romance em edições bilingues. e tb na própria língua!/ não curto ler filosofia em alemão risos!;
2- se tiver prosa aqui, no we, proseamos e ponto.

3- vou ousar “editorar” em port/esp com algumas ilustrações o texto " a ideologia social do carro a motor" e ver a reação;

no mais:
aqui há braços, para abraços.

 
 

Vou dar meu depoimento de como eu enxergo o We. Primeiro que o potencial para contruir em cima dela é muito bom. O fato de ter o formato de fórum faz com que já fique pré-definida a forma de participação. Algo de quem constrói a ferramenta. Dá talvez pra usar a criatividade e tentar uma forma de participação que torne isso movimentado, mas as opções estarão dentro das possibilidades do próprio We. Eu costumo também passar aqui frequentemente, e faço isso principalmente pra ver a novidades que são construídas pelos coletivos e procurar alguma forma de participação em algum tipo de tarefa, talvez nem tanto pra conversar. Mas uma discussão como essa, por exemplo, se encaixa muito bem na forma de fórum. Talvez definir uma rotina de coisas pra fazer por aqui já seria um começo.

 
 

Como fazer pras pessoas habitarem aqui? Não sei. Como elas poderiam habitar do seu jeito se não frequentam o espaço? Parece impossível! Acho difícil que convençamos alguém.

Os leitores da Editora ao menos sabem que existe esse fórum? Não encontrei um link sequer para cá a partir do site da Editora. Seria interessante acrescentar um link no “siga-nos”, no mínimo. Tem link pra cá a partir do Facebook? Do Instagram? Do Twitter? Do Mastodon? Do Telegram? Ninguém frequentará o espaço se não souberem primeiramente que o espaço existe.

Uma forma de trazer as conversas e interações para cá é sempre responder a uma mensagem enviada através de outra plataforma com ‘respondi lá no we’ ou ‘Tem uma discussão rolando sobre isso lá no nosso grupo no we’.

Não custaria nada divulgar, nas contas de redes sociais, convites à participação quando acharem necessário. Mas em quê vocês precisariam da participação geral? Por exemplo, pedidos de voluntários para ajudar na tradução de alguma obra? Convites para revisão de algum texto (copydesk)? Vocês querem que as pessoas ponham a mão na massa e ajudem no trabalho editorial? Querem que elas dêem opinião sobre os rumos da Editora? Eu não sei ainda o que vocês esperam das pessoas… Talvez esse fosse o primeiro passo: definir algumas formas de participação e criar tópicos correspondentes; para em seguida convidar as pessoas a participarem dos tais tópicos.

 
 

Gostei das perguntas/sugestões de Anders!
É por aí. Se ninguém sabe que existe, não tem como participar. Se não tá definido o espaço que está aberto para participação, também fica difícil saber como se engajar.

Obviamente que isso não é tudo que impede as pessoas de participarem por aqui. Cada pessoa tem suas complicações, mas esses pontos levantados são o que a editora PODE FAZER, do seu lado.

 
 

“Se não tá definido o espaço que está aberto para participação, também fica difícil saber como se engajar.”

É: se só postarem PDFs ninguém vai participar, pois não é preciso comentar nada pra baixar os PDFs, não precisa nem criar conta. E as pessoas, no geral, só criam contas quando crêem que vão ganhar alguma coisa fazendo isso, o que não parece ser o caso por aqui ainda. Se querem receber respostas, primeiro têm que fazer perguntas. Se querem gente pondo a mão na massa, têm que primeiro oferecer a massa pra se colocar a mão. Você entendeu bem.

 
 

“Estamos tentando dar uma escapada das ‘redes sociais corporativas’ e iniciar diálogos mais próximos das pessoas que acompanham o trampo da editora.”
“fico um pouco triste e até mesmo preocupado, que me parece as vezes que essa ‘comunidade’ é utilizada somente como um meio de conseguir pdfs facilmente.”

Que tal usar os tópicos onde são postados os livros na íntegra (PDFs) pros leitores (isto é, as pessoas que acompanham vosso trampo) comentarem sobre o livro, isto é, tira-dúvidas, apontamento de erros, feedback, crítica, debater as ideias apresentadas, e o que mais vocês imaginarem? É uma forma de tentar tornar isso aqui vivo e criar uma comunidade, isto é, relações leitores<→Editora e leitores<→leitores. Seria uma porta que se abriria nesse WE para os leitores começarem a participar e frequentar de alguma forma, e, habituando-se a acessar isto, terem contato com outros tópicos (que ainda não existem) onde eles poderiam trazer mais valor pra Editora.

O Clube do Hardware faz isso com todos os artigos do site deles. Todos os artigos deles têm seção de comentários, mas sabiam que cada fio de comentários nada mais é do quê um tópico no fórum deles? Existe um tópico para cada artigo publicado na página inicial deles, todos aninhados no “subfórum Comentários de artigos”. Ou seja, além dos subfóruns para vários propósitos, principalmente suporte técnico, eles têm um subfórum só pros leitores do portal tirarem dúvidas, apontarem erros, criticarem, e darem feedback sobre o que publicam.

Se vocês levarem a cabo minha ideia, poderiam convidar as pessoas a participar por meio de 1 folhetinho dentro de cada pacote de venda, tal como o da campanha de financiamento do livro sobre os índios, no qual também se instruísse como fazer pra participar (como é fácil criar uma conta), e possivelmente sugerisse algumas forma úteis de interagir (pra não ficar na dicotomia californiana do “curti”/“não curti”: estimular críticas construtivas e participações significativas). Afinal de contas, nesse caso não é interessante chamar adolescentes ociosos no Twitter pra virem trollar os tópicos, nem ególatras de Facebook que se acham sabe-tudo em todos os assuntos, se eles não leram as obras sobre as quais comentarão: nesse caso só interessa chamar quem de fato leu, pra evitar shitposting. Idealmente, se isso desse certo, o mais lógico seria incluir a URL de cada livro e zine diretamente neles, em alguma das últimas páginas.

Nesse cenário utópico, as pessoas, após ler, construiriam novas ideias sobre as ideias do livro/zine que leram, e levariam o debate de ideias adiante, relacionariam ideias de diferentes autores, pegariam indicações de outras leituras dentro do mesmo tema… Já vi fórums tradicionais funcionando assim (em suas seções de filosofia e teologia), apesar de ser algo fora do comum. Não posso linkar pois não se encontram online mais… Mas sei que, na prática, as pessoas têm maior propensão a escrever algo contra aquilo que não gostaram do quê a favor daquilo que gostaram. Como criar uma comunidade saudável, com um ambiente não-hostil, já é outra questão. Pra ter uma comunidade não-hostil, é preciso ter alguma comunidade pra começar, o que não há por aqui ainda. Uma coisa de cada vez.

 
 

Tenho severas restrições em compartilhar links do We e da Protopia. Pois penso que esses são espaços bem vulneráveis que podem expor centenas de compas no caso do We, e colocar a Wiki no caminho de spammers e outros que aparecem só para sacanear a Wiki. Então sei lá. Na minha opinião, quem ajuda a revisar e fazer as coisas já faz isso. Tentar trazer pessoas novas é trabalho hercúleo, ainda mais que já temos a Biblioteca Anarquista Lusófona, que penso ser o espaço mais apropriado da atualidade.

 
 

Bota o endereço da biblioteca pra nós aê

 
 

“Bota o endereço da biblioteca pra nós aê”

Esse link já tem no site da Editora. Tem uma imagem-link na barra lateral, na seção “Nós apoiamos:”, e tem também na página https://monstrodosmares.com.br/links/ .

 
 

“Tenho severas restrições em compartilhar links do We e da Protopia. Pois penso que esses são espaços bem vulneráveis que podem expor centenas de compas no caso do We”

Vejamos:

  • Jogando ‘Editora Monstro dos Mares’ no DuckDuckGo, esse We é o 10º resultado, ainda na 1ª página;
  • Jogando ‘Monstro dos Mares’ no Google, esse We é o 6º resultado, ainda na 1ª página;
  • Jogando ‘Editora Monstro dos Mares’ no Google, esse We é o 5º resultado, ainda na 1ª página.

Não me apercebo… Conforme demonstrei acima, quem quiser fazer mal a vocês pode facilmente encontrar esse We aqui, e não é preciso nem se registrar para visualizar o conteúdo dele (pelo menos, o que está fora dos comitês), e não é nem preciso aprovar previamente o usuário para que ele possa participar (vide eu). Adianta mesmo não compartilhar links?

O We representa mais vulnerabilidade e exposição do quê o Facebook, do qual você disse querer se afastar?

Se acha o We arriscado, não seria melhor desativá-lo e usar outra ferramenta menos arriscada?

Já sobre a Biblioteca Anarquista Lusófona ser o espaço mais apropriado da atualidade para quem quiser pôr a mão na massa, preciso me informar primeiro; não tenho conhecimento sobre como se participa lá.

 
 

Olá Anders, agradeço suas considerações. Não quero alongar muito essa conversa, mas vamos lá.

1) Sobre os resultas do we em páginas de buscas, sou absolutamente contrário;
2) se você está visualizando esse conteúdo é porque ele está marcado como público nos controles de privacidade;
3) penso que o we é uma ótima ferramenta para times, equipes e galeras que já se conhecem e vejo funcionar muito bem assim;
4) todo dia penso em encerrar esse grupo da editora e criar outro apenas para cinco ou seis pessoas que efetivamente colocam a mão na massa nos arquivos da editora e poderia manter outro apenas para os preciosos pdfs, mesmo que aos poucos nossos conteúdos estejam sendo migrados integralmente para a biblioteca anarquista lusófona;

 
 

Ei vertov, qual é afinal o intuito de teres chamado essa discussão?
O que queres e que tipo de ajuda buscas com essa conversa?
Digo isso para agora, pois alvez já tenhas mudado de opinião e de necessidade desde o momento que essa discussão foi aberta.

 
 

de fato, ando muito mal humorado.
penso que o We não representa mais um espaço de colaboração pra editora, por sinal, nunca funcionou.

Na subta vejo funcionar um pouco, a mesma pessoa de sempre seleciona os textos, traduz e coloca lá, eventualmente alguém baixa, edita e sobe novamente. Particularmente eu acho isso massa e na medida do possível, colaboro como posso.

Pra monstro não funcionou, na próxima reunião de editores vou propor encerrar esse espaço.

Estamos no telegram.

 
 

Saquei!

 
 

eu estive em SP numa criptorave que tinha um debate com um cara do time do riseup. E ele falou que aqui nunca foi desenhado pra ser rede social no sentido interativa e tal como conhecemos. Ela é mais organizativa mesmo. O lema da riseup desde o começo era “Get out of internet – I’ll be seeing you by the streets!”. O momento da pandemia mudou um pouco essa crítica a internet definitivamente e vemos a necessidade de termos ferramentas livres de não apenas articulação organizacional, mas convívio online. Aqui antes tinha o chat, e tiraram nessa nova versão. Já cheguei a usar o chat, era especialmente legal entrar la e ver se tinha alguém logado…

 
 

Olá amizades. Vamos mudar nossa participação no WE, este grupo será destruído em 30 dias. Peguem os arquivos, façam o que quiserem.

Na reunião do conselho editorial realizada no dia 8 de julho, tiramos o encaminhamento de encerrar esse grupo e criar um novo totalmente público apenas para questões de divulgação da editora e manter a colaboração entre as editoras e coletivos que admiramos e nos inspiram muito.

Atualmente estamos nos organizando através de outras ferramentas e tem sido boa a experiência.

Com amor,
Vertov.

 
 

da-lhe!

 
   

carai, pq? apagar a pagina monstro dos mares? que custa deixar ai? hahha