Introdução de Love and Politcs: radical feminist and lesbian theoriesIntroducción de Amor y Política: feminismo radical y teorías lésbicas

Carol Anne Douglas

O que é feminismo radical? Um livro inteiro parece insuficiente para delimitar feminismo radical. É difícil encontrar uma definição que englobe feminismo radical e feminismo lésbico, o qual tem resultado do primeiro1. O propósito desse livro é tentar esclarecer a teoria feminista radical (ou teorias) e a teoria lésbica feminista (ou teorias) para entender as suposições por detrás delas e para discutir o quão compatível algumas ideias expressas nestas teorias são umas com as outras.

Quando digo que estou escrevendo sobre teoria feminista, estou usando o termo “teoria” livremente para dizer quaisquer ideias ou conjunto de ideais que tentam explicar o mundo e sugerir modos de mudá-lo. O termo “teorias feministas”, provavelmente, é mais apropriado do que “teoria feminista”. Há muitas teorias feministas. Há até mesmo uma grande variedade de teorias feminista radical. Usando o termo “teoria” do que “teorias” poderia sugerir que as teorias estão em acordo umas com as outras, o que está longe de ser o caso.

Teoria feminista é, em senso mais amplo, o corpo de ideias mantido por feministas. As feministas criaram teoria feminista ou teorias como pensamos, falamos e agimos, embora teoria mais conscientemente articulada desempenhe uma maior parte no desenvolvimento e no espalhar de ideias.
Esse estudo está limitado às teorias feministas que foram desenvolvidas nos Estados Unidos, com algumas discussões sobre desenvolvimentos importantes pelas teóricas feministas francesas, de quem os trabalhos foram lidos pelas feministas norte-americanas.

Não estou focando igualmente sobre feminismo socialista porque acredito que tem sido mais adequadamente descrito do que feminismo radical por autoras como Zillah Eisenstein, Heide Hartmann e Alison Jaggar. E também, feminismo socialista é menos confuso. Embora as escritoras feministas socialistas consideravelmente variem, elas tendem a concordar mais sobre princípios básicos do que aquelas que se descrevem como feministas radicais ou lésbicas feministas. Eu irei me referir a algumas teóricas feministas socialistas cujo trabalho é muito importante para ser deixado de fora de qualquer discussão geral sobre teoria feminista.

Não estou sugerindo que há alguma divisão absoluta entre feministas radicais e lésbicas e feministas socialistas. Sempre houve muitas similaridades e as teorias talvez estejam se tornando mais similares. Provavelmente, há feministas radicais que se sintam mais politicamente chegadas a algumas feministas socialistas do que algumas outras que se definem como feministas radicais, (isto é, algumas feministas radicais que não veem mulheres como inerentemente diferente dos homens talvez se sintam mais chegadas às feministas socialistas do que as feministas radicais que veem as mulheres como diferentes).

A palavra “radical” significar ir à raiz das coisas. Políticas radicais acreditam que há opressão na sociedade e tentam olhar, radicalmente, novos modos de compreender essa opressão, sua causa e modos de acabar com ela. Há grandes desacordos sobre o que realmente é radical e é por isso que há tantos tipos de radicais – feministas radicais, anarquistas, comunistas, socialistas – e porque há tantos tipos de feministas radicais.

A Parte Um desse livro discute as várias definições e escolas do feminismo radical e lésbico e o relacionamento destes com o feminismo socialista. Olha-se para algumas básicas suposições na teoria feminista radical e para várias outras teorias, como o existencialismo, marxismo e o anarquismo, os quais contribuíram para o ecletismo das teorias do feminismo radical.

As mulheres que se definem como feministas radicais e lésbicas feministas têm uma grande variedade de olhar sobre as origens da opressão das mulheres, que é discutido na Parte Dois desse livro. O impulso para o desenvolvimento do feminismo radical entre mulheres que acreditaram que as diferenças biologias de homens e mulheres, não determinam os traços da personalidade e não devem ser socialmente significantes. Estas feministas olharam para frente uma sociedade onde todas as distinções baseadas no gênero seriam eliminadas. Desde então, outras mulheres que também se veem como feministas radicais ou como lésbicas radicais sugeriram que há, socialmente, diferenças biológicas significantes entre mulheres e homens – ou que, mesmo se não há diferenças inerentes determinando os comportamentos de homens e mulheres, há a cultura que tem se desenvolvido entre mulheres, com aspectos dignos para se preservar.

Embora algumas destas ideias pareçam absolutamente contraditórias, em muitos casos não há uma clara distinção entre teorias “biológicas” e “não biológicas”. Praticamente, todas as discussões sobre a opressão das mulheres sob o patriarcado envolve alguma discussão de diferenças biológicas, até mesmo se a questão é meramente se homens usam estas diferenças de modo a ganhar poder sobre as mulheres. Há um continuum de ideias sobre diferenças sexuais. Algumas dessas ideias parecem ser sintetizadas por várias sugestões de teóricas feministas em 1980 de que há uma conexão entre prática e biologia ou que as percepções das pessoas de sua biologia é um aspecto da biologia. A prática humana afeta o que é biologia.

Eu sugiro que perspectivas sobre diferenças biológicas, embora elas afetem as percepções de feministas em outras questões políticas, não são em si informações adequadas para predizer determinadas ideias políticas ou ações feministas.

Feministas radicais e lésbicas também têm uma grande variedade de ideias sobre amor e sexualidade, que é discutido na Parte Três. Um dos primeiros focos feminista radical sobre amor como um meio de escravizar as mulheres pelos homens ou como uma ilusão destrutiva deu rumo a uma discussão focada mais nas políticas de sexualidade do que em amor. As Feministas radicais e lésbicas têm defendido com tudo a libertação das mulheres, tudo desde o celibato, monogamia heterossexual, bissexualidade, monogamia lésbica, múltiplas parceiras lésbicas. Lésbicas feministas criticaram a natureza compulsória da heterossexualidade nas sociedades patriarcais. Algumas celibatárias e feministas lésbicas criticaram mulheres heterossexuais como colaboradoras no patriarcado e algumas feministas heterossexuais responderam que elas não queriam ouvir o que deveriam fazer, mesmo por outras feministas.

Em 1980, divisões sobre sexualidade no movimento feminista se deslocou da divisão lésbica/heterossexual para uma nova: aquelas focadas sobre a crítica da sexualidade, de como é frequentemente praticada hoje na sociedade, incluindo pornografia, prostituição, a maioria dos relacionamentos heterossexuais e em função das relações lésbicas – e aquelas que sugerem que a repressão é um grande perigo do que qualquer expressão sexual. Essa divisão atravessou as linhas lésbicas e heterossexuais.

Algumas lésbicas feministas estão escrevendo sobre amor e sugerem que é possível amar de um jeito rico e não opressivo. Elas estão sugerindo que o amor e a amizade podem ser similares e, sobretudo, não diferente. Outras sugerem que mesmo nos relacionamentos íntimos lésbicos ainda há problemas.

As ideias, objetivos, estratégias e táticas de feministas radicais e lésbicas também diferem consideravelmente, isto é discutido na Parte Quatro. Os objetivos variam de (1) integração com os homens em uma sociedade sem diferença sexual à (2) uma sociedade igualitária com a permanente ou maior base de poder independente para as mulheres, à (3) sociedades separadas por aquelas mulheres que os querem, à (4) uma sociedade onde as mulheres predominam em número e/ou em poder político. Os primeiros dois objetivos mencionados são, provavelmente, mais amplamente mantidos, mas o segundo objetivo não é incompatível com o terceiro objetivo, certa forma de separatismo.

Algumas dessas diferenças nos objetivos podem ser diferenças entre objetivos de longo prazo, objetivos de curto prazo e estratégias. Por exemplo, o separatismo das mulheres dos homens pode ser tanto um objetivo de longo prazo, um objetivo de curto prazo quanto uma estratégia. Praticamente todas as feministas radicais e lésbicas feministas aceitam-na ao menos como uma tática significante para os grupos políticos feministas contemporâneos (isto é, elas acreditam que deveriam ser todos os grupos políticos só com mulheres).

Se o fim do patriarcado ou da dominância masculina é definida como o objetivo das feministas radicais e lésbicas, então todas as radicais e lésbicas feministas têm um objetivo similar, embora elas talvez difiram sobre o que realmente é uma sociedade sem patriarcado. A maioria das feministas radicais e lésbicas iriam longe e diriam que uma sociedade sem nenhuma forma de opressão ou poder sobre outros é o objetivo delas, feministas e lésbicas com muitas diferenças políticas veem isso como um objetivo. Grandes diferenças sobre estratégias não deveria obscurecer a similaridade nos objetivos.

Muitas teóricas feministas radicais não têm escrito sobre estratégias e táticas. Análises de condições existentes, suas origens e pouca comunhão e visões de possíveis futuros atraíram mais a atenção de teóricas do que modos específicos de acabar com a opressão. Isso não significa que feministas não falaram sobre ação ou tomar ação. Teóricas e ativistas não são sempre as mesmas mulheres, embora com frequência elas sejam.

A relativa carência de pensamento estratégico, particularmente em 1970, provavelmente afetou o nível do ativismo. Ao mesmo tempo, obstáculos para o ativismo, tais como a necessidade de focar nas mudanças dos dramas da vida pessoal como resultado do feminismo, a quantidade de crítica frequentemente nivelada a ações particulares, frustação aos resultados escassos ou ao ter que lutar as mesmas batalhadas repetidamente, e a frequência de intragrupos e tensões do movimento de intagrupos talvez paralisassem o pensamento estratégico e de tática como também o ativismo.

Desde o final de 1970 e particularmente, em 1980, houve um ressurgimento das chamadas por ação pelas feministas escritoras e pelo próprio ativismo. A visibilidade da ação orientada pelas Mulheres de Cor2, o movimento antipornografia e as muitas feministas alertando sobre a administração Reagan/Bush, são causas do foco e ativismo renovados, e por consequência, sobre estratégia e táticas.

Há, é claro, muitos desacordos sobre estratégias e táticas. Mesmo se houvesse um consenso que o movimento necessita de mais ativismo publico, um consenso sobre que forma esse ativismo deveria tomar é muito mais uma remota possibilidade.

Não obstante, há muitas táticas que uma variedade de feministas concordariam como desejáveis, apesar de nem todo mundo querer ou poder se engajar nelas. Todas as feministas provavelmente concordariam sobre o desejo de uma organização estilo trabalho de escritório3, por exemplo, e poder apoiar essa organização em jeitos de apesar de nem todo mundo estar envolvido na atividade. Muitos tipos de trabalho poderiam ser complementários, embora seja verdade que elas “competem” pelo tempo feminista.

Esse trabalho é uma tentativa de pontuar tanto as coisas comuns e diferentes. Minha esperança é que feministas e lésbicas possam encontrar mais coisas em comum, olhar para as diferenças honestamente, superar ou tolerar aquelas políticas diferentes que podem ser aceitas, lidar de forma honesta e não abusiva com quaisquer diferenças políticas que pareçam inaceitáveis.

Em 1980, feministas se tornaram mais conscientes das diferenças. Além das diferenças de racialização, classe, etnia e sexualidade, o movimento precisa de diferenças de opinião. Esse livro é um apelo pela aceitação da pluralidade de opiniões, não por uma tolerância liberal que assume que diferenças em ideias são aceitáveis porque ideias não importam, mas pela dinâmica da diversidade do pensamento e ação que olha para frente a uma pluralidade de resultados tanto quanto uma pluralidade de táticas. Duvido que possa ter sociedades onde mulheres e homens são realmente iguais, a não ser que haja oportunidades para as mulheres se centrarem nas mulheres e separado, duvido que possa ter sociedades onde mulheres são centradas nas mulheres e separado a não ser que mulheres tenham uma posição forte nas sociedades mistas e mais igualdade política e pessoal nos relacionamentos com homens.

NOTAS DE TRADUÇÃO:

1 No original “(…) and lesbian feminism, which has stemmed from it”.
2 Como Douglas escreve no contexto norte-americano, preferi manter uma tradução literal de “Women of Color” do que traduzir para Mulheres Negras.
3 No original “clerical workers’ organizing”. Clerical workers são pessoas que trabalham em escritórios e realizam várias atividades como arquivamento, manutenção de contas e registros.


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Parte en español

¿Qué es el feminismo radical? Un libro entero parece insuficiente para delimitar el feminismo radical. Es difícil encontrar una definición que encierre el feminismo radical y el feminismo lésbico, el cual es resultado del primero. La intención de este libro es intentar esclarecer la teoría feminista radical (o las teorías) y la teoría lésbica feminista (o teorías) para entender sus suposiciones y para discutir cuan compatibles son algunas ideas expresadas en éstas teorías unas con otras.

Cuando digo que estoy escribiendo sobre teoría feminista, estoy usando el término “teoría” libremente para decir cualquier idea o conjunto de ideas que intentan explicar el mundo y sugerir formas de cambiarlo. El término “teorías feministas”, probablemente es más apropiado que el d “teoría feminista”. Hay muchas teorías feministas. Así mismo una gran variedad de teorías feministas radicales. Usar el término “teoría” en lugar de “teorías” podría sugerir que las teorías están en concordancia (de acuerdo) unas con otras, o que está lejos de ser el caso.

Teoría feminista es, en el sentido más ampio, el cuerpo de ideas sostenido por feministas. Las feministas crearon la teoría feminist o las teorías como pensamos, hablamos y argumentamos, aunque la teoría más conscientemente (consistentemente) articulada desempeñe una mayor parte en el desarrollo y difusión de las ideas. Este estudio está limitado a las teorías feministas que fueron desarrolladas en los estados unidos, con algunas discusiones sobre desarrollos importantes por las teóricas feministas francesas, cuyos trabajos fueron leídos por las norteamericanas.

No esoy enfocando igualmente sobre el feminismo socialista porque creo que ha sido descrito con más precisión que el feminismo radical por autoras como Zillah Eisenstein, Heide Hartmann e Alison Jaggar. Y también, el feminismo socialista es menos confuso. Aunque las escritoras feministas socialistas varíen considerablemente, tienden a concordar más sobre principios básicos que aquellas que se describen como feministas radicales o lésbica feministas. Me iré refiriendo a algunas teóricas feministas socialistas cuyo trabajo es muy importante para ser dejado por fuera de cualquier discusión sobre teoría feminista.

No estoy sugiriendo que haya alguna división absoluta entre feministas radicales y lésbicas y feministas socialistas. Siempre había muchas similaridades y esas teorías tal vez se están tornando más similares. Problablemente, hay feministas radicales que se sienten más políticamente allegadas a algunas feministas socialistas que a algunas otras que se definen como feministas radicales, (esto es, algunas feministas radicales que no ven a las mujeres como inerentemente diferentes de los hombres tal vez se sientan más cercanas a las feminisas socialistas que a las feministas radicales que ven a las mujeres como diferentes).

La palabra “radical” significa ir a la raíz de las cosas. Las políticas radicales creen (o literal acreditan, o margarita corregiría piensan) que hay opresión en la sociedad y tratan de buscar radicalmente nuevas maneras de entender esta opresión, sus causas y las formas para acabar con ella. Hay grandes desacuerdos sobre lo que realmente es radical y es por eso que hay tantos tipos de radicales – feministas radicales, anarquistas, comunistas, socialistas – y por qué hay tantos tipos de feministas radicales.

La primera parte de este libro discute las varias definiciones de escuelas de feminismo radical y lésbico o la relación de éstos con el feminismo socialista. Mira algunos supuestos básicos sobre la teoría feminista radical y varias otras teorías, como el existencialismo, el marxismo y el anarquismo, lo que contribuyó al eclecticismo de las teorías del feminismo radical.

Las mujeres que se definen como feministas radicales y lesbica feministas tienen una gran variedad de miradas sobre los orígenes de la opresión de las mujeres, que es discutido en la segunda parte de este libro. El impulso para el despliegue del feminismo radical enre mujeres que piensan que las diferencias biológicas de los hombres y las mujeres, no determinan los rasgos de la personalidad y no deben ser socialmente significantes. Estas feministas mmiraron de frente una sociedad en la que todas las distinciones basadas en género serían eliminadas. Desde entonces, otras mujeres que también se ven como feministas radicales o como lésbicas radicales sugerirán que hay, socialmente, diferencias biológicas significantes entre mujeres y hombres – o que, igual si no hay diferencias inerentes determinando los comportamients de hombres y mujeres, hay una cultura que se ha desplegado entre mujeres, con aspectos dignos de ser preservados.

Aunque algunas de estas ideas parecen absoluamente contradictorias, en muchos casos no hay una distinción clara entre teorias “biológicas” y “no biológicas”. Practicamente, todas las discusiones sobre la opresión de las mujeres bajo el patriarcado envuelve alguna discusión de diferencias biológicas, incluso si la cuestión es meraente si los hombres usan esas diferencias con el fin de ganar poder sobre las mujeres. Hay un continuo de ideas sobre diferencias sexuales. Algunas de estas ideas parecen ser sintetizadas por varias sugerencias de teóricas feministas en 1980 de que hay una conexión entre práctica y biología o que las percepciones de las personas sobre su biología son un aspecto de la biología. La práctica humana afecta lo que es la biología.

Sugiero que las perspectivas sobre las diferencias biológicas, aunque afectan las percepciones de las feministas en otras cuestiones políticas, no son en si informaciones adecuadas para predecir determinadas ideas políticas o acciones feministas.

Las feministas radicales y lésbicas también tienen una gran variedad de ideas sobre amor y sexualidad, que son discutidas en la tercera parte. Uno de los primeros focos feminista radical sobre el amor como un medio para que los hombres esclavicen a las mujeres o como una ilusión destructiva que dio paso a una discusión más centrada en las políticas de sexualidad que en el amor. Las feministas radiccales y lésbicas han defendido con todo la liberación de las mujeres, todo desde el celibato, monogamia heterosexual, bisexualidad, monogamia lésbica, múltiples parejas lésbicas. Las lésbicas feministas critican la naturaleza compulsiva de la heterosexualidad en las sociedades patriarcales. Algunas celibatas y feministas lésbicas critícan a las mujeres heterosexuales como colaboradoras del patriarcado y algunas feministas heterosexuales responderan que ellas no querían oir que es lo que deberian hacer, igual por otras feministas.

En 1980, las divisiones sobre la sexualidad en el movimiento feminista cambiaro la división lésbica/heterosexual por una nueva: aquellas enfocadas en la crítica de la sexualidad, y de como es frecuentemente practicada hoy en la sociedad, incluyendo pornografía, prostitución, len a mayoría de las relaciones heterosexuales y en función de las relaciones lésbicas – y auquellas que sugieren que la represión es un gran peligro para cualquier expresión sexual. Esa división atavesó las líneas lésbicas y heterosexuales.

Algunas lésbicas feministas están escribiendo sobre amor y sugieren que es posible amar de una forma rica y no opresiva. Ellas están sugiriendo que el amor y la amistad pueden ser similares y, sobretodo, no diferente. Otras sugieren que incluso en las relaciones íntimas lesbianas todavía hay problemas.

Las ideas, objetivos, estrategias y tácticas de feministas radicales y lésbicas también difieren considereablemente, esto se discute en la cuarta parte. Los objetivos varían de (1) integración con los hombres en una sociedad sin diferencia sexual a (2) una sociedad igualitaria con una aparente o mayor base de poder independiente para las mujeres, para (3) sociedades separadas por aquellas mujeres que lo deseen, para (4) una sociedad donde las mujeres predominan en número y/o en poder político. Los primeros dos objetivos mencionados son, probablemente, mas ampliamente mantenidos, pero el segundo objetivo no es incompatible con el tercer objetivo, cierta forma de separatismo.

Algunas de esas diferencias en los obetivos pueden ser diferencias entre objetivos de largo plazo, objetivos de corto plazo y estrategias. Por ejemplo, el separatismo de las mujeres de los hombres puede ser tanto un objetivo de largo plazo, un objetivo de corto plazo así como una estrategia. Practicamente todas las feministas radicales y lésbicas feministas la aceptan por lo menos como una táctica significante para los grupos políticos feministas contemporáneos (esto es, ellas piensan (acreditan) que deberian ser todos los grupos políticos sólo con mujeres).

Si el fin del patriarcado o de la dominación masculina es definido como el objetivo de las feministas radicales y lésbicas, entonces todas las radicales y lésbicas feministas tienen un objetivo similar, sin embargo ellas tal vez difieran sobre lo que realmente es una sociedad sin patriarcado. La mayoría de las feministas radicales y lésbicas irían más lejos y dirían que una sociedad sin ninguna forma de opresión o poder sobre otros es su objetivo feministas y lésbicas con muchas diferencias políticas ven eso como un objetivo. Grandes diferencias sobre estrategias no deberían obscurecer las similitudes (similaridades) en los objetivos.

Muchas teóricas feministas radicales no han escrito sobre estrategias y tácticas. Análisis de las condiciones existentes, sus orígenes y la poca comunión y las visiones de posibles futuros atrajeron más la atención de las teóricas que de que modos específicos acabar con la opresión. Eso no significa que las feministas no hablaran sobre acción o tomar acción. Teóricas y Activistas no son siempre las mismas mujeres, aunque a menudo lo sean.

La relativa carencia de pensamiento estratégico, particularmente en 1970, probablemente afectó el nivel del activismo. Al mismo tiempo, obstáculos para el activismo, tales como la necesidad de enfocar los cambios, las transformaciones en los dramas de la vida personal como resultado del feminismo, una cantidad de crítica frecuentemente nivelando las acciones particulares, frustración por los escasos resultados o por tener que luchar las mismas batallas repetidamente, y la frecuencia de grupos internos y tensiones en el movimiento de grupos internos tal vez pueden paralizar el pensamiento y la táctica estratégica, así como el activismo.

Desde el final de 1970 y particularmente, en 1980, hubo un resurgimiento de las llamadas por acción de parte de las escritoras feminisas y del propio activismo. La visibilidad de la acción orienada por las mujeres de Color, o el movimiento antipornografía y las muchas feministas alertando sobre la administración Reagan/Bush, son causas de activismo y enfoque (o centro) renovadas, y por consecuencia, sobre estrategia y tácticas.

Hay, está claro, muchos desacuedos sobre estrategias y tácticas. Incluso si hubiese un consenso en que el movimiento necesita de más activismo público, un consenso sobre la forma que debe tomar ese activimo es en gran medida una posibilidad muy remota.

No obstante, hay muchas tácticas que una variedad de feministas concordarían como deseables, a pesar de que no todo el mundo quiere o puede participar en ellas. Todas las feministas probablemente concordarían sobre el deseo de una organización del estilo de trabajo de escritorio, por ejemplo, y poder apoyar esa organización en diferentes maneras a pesar de que no todo el muno pueda participar en la actividad. Muchos tipos de trabajo podrían ser complementarios, aunque sea verdad que ellas “compiten” por el tiempo feminista.

Este trabajo es un intento de puntualizar tanto las cosas comunes como diferentes. Mi esperanza es que feministas y lésbicas puedan encontrar más cosas en común, mirar las diferencias honestamente, superar o tolerar aquellas políticas diferentes que pueden ser aceptadas, lidiar de forma honesta y no abusiva con cualquier diferencia política que paresca inaceptable.

En 1980, las feministas se tornaron más conscientes de las diferencias. Además de las diferencias de racialización, clase, etnia y sexualidad, el movimiento precisa diferencias de opinión. Este libro es un llamamiento a la aceptación de la pluralidad de opiniones, no por una tolerancia liberal que asume que las diferenncias en las ideas son aceptables porque las ideas no importan, sino por la dinámica de la diversidad del pensamiento y acción con ganas de una pluralidad de resultados tanto como una pluralidad de tácticas. Dudo que pueda tener sociedades en las que las mujeres y los hombres sean realmente iguales, a no ser que haya oportunidades para que las mujeres se centren en las mujeres y por separado, dudo que pueda tener socidades en las que las mujeres estén centradas en las mujeres y por separado a no ser que las mujeres tengan una posición fuerte en las sociedades mixtas y más igualdad política y personal en las relaciones con hombres.