María Dolores Marroquín para La Cuerda

Algumas pessoas se planteiam o comunitário como o ideal para viver. Quem não pensou em um lugar onde toda gente sorridente se cumprimenta mutuamente, a juventude brinca na rua sem medo de ser atropelada por alguém que conduz um carro de maneira imprudente, e claro, sem risco de sofrer um abuso sexual ou um sequestro.

A comunidade pode ser um lugar geográfico determinado, como uma colônia ou um povo, também um grupo de pessoas que sem viverem próximas, no final se apoiam em diversos aspectos da vida.

Com esse questionário queremos refletir acerca da forma em que nos relacionamos com quem nos rodeia, para analisar como e por onde podemos ir transformando nossas relações nestes tempos em que nossa concentração está na sobrevivência e nos passamos meia-vida no trabalho.

Agora construir comunidade se torna um objetivo para viver de maneira mais tranquila e relaxada, sentindo o cuidado mútuo e sobretudo, combatendo essa mensagem cada vez mais forte de ‘salve-se quem puderr!’.

1. Conhecemos as crianças de nossas amigas e amigos?
a) Têm filhas ou filhos?
b) Sabemos quanto têm, mas não nos relacionamos com eles.
c) Conhecemos seus nomes, idades e vamos a seus aniversários.

2. Conhecemos as crianças da vizinhança?
a) São um monte que andam por alí.
b) Os vimos, mas não temos idéia de quem são ou onde vivam.
c) Sabemos seus nomes, de vez em quando falamos com eles.

3. Como nos relacionamos com a juventude do bairro?
a) Quando uma bola entra em casa, a furamos e não abrimos a porta ou os maltratamos.
b) Saimos ver os jogos na rua.
c) Emprestamos livros ou algo que precisem, permitimos que entrem em casa buscar imagens para suas coleções.

4. Que pensamos acerca do cuidado?
a) É responsabilidade de seus pais.
b) Realmente não estou muito pendente, mas se vejo algo mal, trato de prevení-los.
c) Creio que as crianças devem ser uidadas e é importante denunciar casos de abuso psicológico, físico ou sexual.

5. Conhecemos a situação econômica e vital das pessoas que nos rodeiam?
a) Não temos nem idéia de como vivem.
b) Sabemos de algumas situações particulares.
c) Conhecemos suas condições econômicas e o tipo de relação que há na família.

6. Apoiamos alguém em situações penosas?
a) Não sabemos o que afeta as pessoas que nos rodeiam.
b) As vezes me entero do que passa, mas quase sempre tarde.
c) Acompanho os enterros, participo em cooperações e nos apoiamos no cuidado das crianças ou quando temos muito trabalho por fazer na casa ou onde trabalhamos.

7. Compartilhamos momentos alegres?
a) As pessoas quando fazem suas festas não nos convidam.
b) As vezes me contam de suas reuniões, alegrias e logros.
c) Me convidam a quase todas bodas, batizados, nascimentos, festas e distintos eventos.

8. Sabemos os animais que têm?
a) Alguém tem um mascote?
b) Eventualmente vemos as pessoas caminhando com seus bichos ou vemos as galinhas no pátio.
c) Compartilhamos informação sobre medicina química ou natural, calendários de vacinação ou algum ponto de interesse para seu cuidado.

9. Que tanta confiança temos com as e os vizinhos?
a) Se saímos deixamos a casa fechada com chave, com trancas e cadeados sem avisar ninguém.
b) Só a família consaguínea mais próxima dariamos uma chave de nossa casa por alguma emergência.
c) Se nos vamos de viagem deixamos chaves a alguém da vizinhança para que dê uma vista.

10. Que tanto compartilhamos a comida?
a) Nunca me deram nada de comer nem eu dei a ninguém.
b) As vezes me dão uns salgadinhos das festas que vou.
c) Quando faço alguma coisa boa, compartilho com as pessoas que estimo.

11. Nos apoiamos mutuamente?
a) Eu me viro apenas com meus recursos.
b) Se alguém me pede um favor, eu faço. Mas trato de não pedir favores.
c) Gosto de sentir que apoio e me apoiam. Quando alguém sai de viagem me proponho para o cuidado de plantas e animais.

Respostas:

Maioria a: O individualismo te entrou forte e fundo. Vivemos neste planeta com muitos seres. Pessoas, animais, plantas, energias que flutuam e que requerem nossa atenção, não só para sobreviver senão para que possamos ser mais felizes.

Maioria b: Estás entre o limite de comprometer-se ou não a mudar. Acreditamos que é necessário fazer as coisas de maneira diferente, mas não terminamos de nos decidir. Demos o passo e comecemos a construir comunidades afetuosas, cuidadoras e colaboradoras com a felicidade e a tranquilidade coletiva.

Maioria c: Consideramos que estás construindo hoje o sonho de ser felizes. Compartilhe sua perspectiva com mais gente para que logo existam mais comunidades do cuidado e da paz.