A PORNOGRAFIA COMO AUTORIDADE SEXUAL: COMO A TERAPIA SEXUAL PROMOVE A PORNIFICAÇÃO DA SEXUALIDADE

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“A ideia de que as mulheres deveriam “experimentar” e performar atos sexuais que não desejam se tornou um modelo popular para o comportamento sexual feminino em relações heterossexuais desde a “revolução sexual” dos anos 60. É uma ideia frequentemente reforçada e legitimada através da terapia sexual (ver Jeffreys, 1990). As mulheres ainda são encorajadas por terapeutas a satisfazer sexualmente seus parceiros homens, ainda que não tenham desejo em fazê-lo, ou ainda que experimentem dor ou desconforto (Tyler, 2008).
Por exemplo, em “Becoming Orgasmic”, um manual de auto-ajuda sexual largamente recomendado para mulheres, os terapeutas Heiman e LoPiccolo encorajam as mulheres a tentar sexo anal (uma prática sexual cada vez mais presente na pornografia) caso o parceiro, homem, esteja interessado na prática. O conselho dos terapeutas é: “Se houver algum desconforto, tente novamente em algum outro momento” (Heiman and LoPiccolo, 1992, p. 187). A premissa central é de que a dor e o desconforto das mulheres não é uma razão aceitável para descontinuar a prática, mas na verdade, uma razão para que as mulheres passem por mais “treinamento”, “formatação” e coerção. "

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