Ser lésbica em uma cultura tão supremacista-machista, capitalista, misógina, racista, homofóbica e imperialista como a dos Estados Unidos é um ato de resistência – uma resistência que deve ser acolhida através do mundo por todas as forças progressistas. Não importa como uma mulher viva seu lesbianismo – no armário, na legislatura ou na rêcamara. Ela se rebelou contra sua prostituição ao amo escravista, que corresponde à fêmea heterosexual que depende do homem. Essa rebelião é um negócio perigoso no patriarcado. Os homens de todos os níveis privilegiados, de todas as classes e cores possuem o poder de atuar legal, moral e/ou violentamente quando não podem colonizar às mulheres quando não podem limitar nossas prerrogativas sexuais, produtivas, reprodutivas, e nossas energias. A lesbiana – essa mulher que “tomou uma mulher como amante”¹ – logrou resistir o imperialismo do amo nessa esfera de sua vida. A lesbiana descolonizou seu corpo. Ela rechaçou uma vida de servidão que é implícita nas relações heterosexistas/heterosexuais ocidentais e aceitou o potencial da mutualidade de uma relação lésbica – não obstante os papéis. *
Historicamente, a cultura ocidental chegou a identificar as lésbicas como mulheres que, através do tempo, têm uma série e variedade de relações sexuais/sentimentais com mulheres. Eu mesma identifico a uma mulher como lésbica quando ela me diz que é lésbica. O lesbianismo é um reconhecimento, um despertar, um re-despertar da paixão das mulheres pelas mulheres. As mulheres, através das épocas, lutaram e foram mortas antes de negar essa paixão.
A síntese recente que desenvolve o lesbianismo e o feminismo – duas ideologias centradas e impulsionadas por mulheres – tenta acabar com o mistério e o silêncio que rodeia o lesbianismo. A análise que segue se oferece como uma incisão pequena contra essa pedra de silêncio e segredos. Dedico esta obra a todas as mulheres ocultadas pela história cujo sofrimento e triunfo fizeram possível que eu possa dizer meu nome em voz alta. **
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Não há um só tipo de lesbiana, não há apenas um tipo de comportamento lésbico, e não há apenas um tipo de relação lésbica. Igualmente, não há um só tipo de resposta às pressões que as mulheres sofrem para viver como lesbianas. Uma visibilidade lésbica maior na sociedade não quer dizer que todas as mulheres que estão envolvidas com mulheres en relações sexuais-sentimentais se chamem lésbicas nem que se chamem lésbicas e nem que se identifiquem com uma comunidade lésbica específica. O predomínio da homofobia causa a muitas mulheres que se relacionem com uma comunidade específica como lesbianas e que “passem” como heterosexuais enquanto andem entre os seus inimigos. (Esconder-se no armário da pretensão, presunção ou privilégio heterosexual, no entanto, não evita o descobrimento). Outras podem ser politicamente ativas como lésbicas, mas ainda temem expressar abertamente seu lesbianismo enquanto atravessam o território heterosexual. Depois, há mulheres que consistentemente se comprometem com relações sexuais-sentimentais com mulheres e se colocam a etiqueta de “bissexual”. (Bi-sexual é um termo mais seguro que o de lésbica porque sugere a possibilidade de uma relação com um homem). Finalmente, há a mulher que é uma lesbiana onde quer que esteja e quando queira, e que está direto e constante confronto com a pretensão, privilégio e opressão heterosexual.
Onde quer que nós como lesbianas nos encontremos ao largo deste muito generalizado contínuo político/social, temos que saber que a instituição da heterosexualidade é um costume que dificilmente morre, e que através desta as instituições de homens supremacistas asseguram sua própria perpetuação e controle sobre nós. Às mulheres se mantêm e contém por intermédio do terror, da violência e da rojada de sêmem. É proveitoso para nossos colonizadores confinar aos nossos corpos e alienarnos de nossos próprios processos vitais, assim como foi proveitoso para os europeus escravizar o africano e destruir toda memória de uma prévia liberdade e auto-determinação – Margaret Walker e Alex Haley, não obstante. *
Assim como a fundação do capitalismo ocidental dependeu do tráfico de escravos no Atlântico Norte, o sistema de dominação patriarcal se sustenta pela sujeição das mulheres através de uma heterosexualidade obrigada, compulsória. Sendo assim, os patriarcas têm de cultuar o par homem-mulher como algo “natural”, afim de manter as mulheres (e os homens) heterosexuais e obedientes, da mesma maneira que o europeu teve que criar o culto da superioridade caucasiana para justificar a escravidão dos africanos. Frente a esse pano de fundo, a mulher que se elege ser lesbiana vive perigosamente.
A lésbica negra, como qualquer outra pessoa de cor nos Estados Unidos, experimenta a sujeição do racismo institucional e pode sofrer igualmente o sexismo homofóbico de sua própria comunidade – especificamente a comunidade “política” negra. Uso o termo descritivo “política” entre aspas porque este segmento da comunidade negra é o que elegeu aprovar publicamente à homofobia, quando em virtude de sua cresibilidade e visibilidade, seus membros podiam ter eleito apoiar os direitos civis, sociais e pessoais das lesbianas negras e dos homosexuais negros. As relações com a comunidade negra se fazem muito problemáticas para as lésbicas negras e os homossexuais quando a comunidade negra contemporânea nos rechaça por nosso compromisso coma libertação lésbica e homossexual.
A maioria das feministas negras estão de acordo que os homens negros, como grupo, têm que examinar e discutir seriamente a opressão histórica das mulheres por homens. Isso foi começado entre alguns negros progressistas. A análise de um pensador e escritor socialista, Manning Marable, reflete uma postura de mudança. Em uma discussão sobre violência, Marable propôe esse desafio aos homens:
“Para que haja possibilidade de que ocorram mudanças fundamentais, a luta contra a violência se têm que fazer por dentro de todos os movimentos sociais progressistas. Os homens teóricos, ou brancos, que não colocam a luta por direitos democráticos e humanos das mulheres no centro de seus postulados sócio-transformativos estão simplesmente duplicando as práticas e os pensamentos predominantes da antiga sociedade civil, racista e capitalista. Através de um processo de autocrítica e de uma re-educação extensa os homens têm que romper com a lógica do que veio significando ser homem, para assim redefinirem-se a si mesmos e às suas relações com as mulheres.”
A escritora lésbica negra, Audre Lorde, está de acordo com essa posição a escrever o que segue:
“…Ao homem negro se deve conscientizar que o sexismo e o ódio à mulher são uma disjunção crítica a sua libertação como negros porque emergem da mesma constelação que engendra o racismo e a homofobia. Até que essa conscientização se efetue, os negros verão o sexismo e a destruição das negras como interesses tangentes à libertação Negra, em vez de ser vista como o centro desta luta. Enquanto isso seguir ocorrendo, nunca poderemos começar esse diálogo… que é tão essencial à nossa sobrevivência como povo. Esta cegueira contínua entre nós só pode servir ao sistema opressivo dentro do qual vivemos. " ³
Os negros, como ex-escravos (ou seja, que já não “pertencem oficialmente” aos brancos), têm mais oportunidade para oprimir as negras. Hoje, não têm que competir diretamente com os brancos para controlar os corpos das negras. Agora, os negros podem tomar o papel de "amo"e podem tiranizar sem obstáculos às negras. E assim o fazem os negros. Só temos que ler os noticiários para atestar a violência física que o homem negro descarrega sobre a mulher negra. Em seu papel de “amo”, o homem negro livremente descarrega a sua violência e hostilidade sobre a lésbica negra. Ele percebe às lesbianas (que não se deixam manipular pelos homens) da mesma maneira que outros homens – como caricaturas perversas da masculinidade que ameaçam sua dominação sobre o corpo da mulher. Esta percepção, claro, é uma ilusão neurótica sugerida aos homens negros pelas exigências da supremacia masculina, que os homens negros nunca poderão realizar já que lhes falta o capital e o privilégio racial. Ainda que repressivas, sufocantes e tediosas (na minha opinião), as noções ocidentais das relações mulher-homem – que adiantam a supremacia masculina – seguem sendo apoiadas pelo povo negro como uma imposição desejável. Ainda que a lésbica-feminista negra ameace o controle masculino do homem negro sobre a negra, o propósito como ideologia política e filosófica é não aceitar a posição superior do homem negro ou de qualquer outro.
Já que às lesbianas negras não lhes interessa o pênis, nós subvertemos um dos poucos recursos de poder sobre nós – a heterosexualidade. Isso os ameaça. De sua parte os homens negros tratam de intimidar as negras e prevenir que somam-se ao feminismo acusando-as de seres lésbicas. As negras envolvidas nessa luta de libertação, que entendem a necessidade de organizarem-se ao redor de nossa opressão como mulheres, têm que resistir à intimidação e manipulação geradas por meio dessa tática perniciosa.
A lésbica negra, como qualquer outra lésbica nos Estados Unidos, se encontra em todas as partes: no lar, na rua, recebendo ajuda do governo, seguro social, nas filas de desemprego, criando crianças, trabalhando na fábrica, nas forças armadas, na televisão, no sistema de escolas públicas, em todas as profissões, na câmara dos deputados do estado, no Capitólio, assistindo aulas na universidade ou continuando estudos numa pós-graduação, trabalhando na administração, etc. As lésbicas negras, como qualquer outra mulher não-branca e da classe operária e pobre nos Estados Unidos, não sofreram o luxo, o privilégio, nem a opressão de ser dependente de um homem. Ainda que nossa contra-parte masculina tenha estado presente, compartilhando nosso trabalho e luta, nunca estivemos dependendo de seu machismo para que “nos cuide”, só com seus próprios recursos. Evidentemente, essa é outra “ilusão neurótica”imposta a nossos pais, irmãos, amantes, e maridos de que eles devem “cuidar-nos” porque somos mulheres. Traduzir: “cuidar-nos” equivale a “controlar-nos”. É o único poder de nossos irmãos, pais, amantes, maridos – o seu machismo. E ao menos que a masculinidade não seja embelezada pela pele branca e gerações de riqueza privada, esta possui muito pouco valor no patriarcado racista capitalista.
Tradicionalmente, os negros e negras que se uniam e permaneciam juntos criavam filhos juntos e não tinham o luxo de cultivar uma dependência entre os membros de sua família. Assim que as lésbicas negras, como a maioria as negras nos Estados Unidos, foram criadas para serem auto-suficientes, ou seja, não depender dos homens. Para mim, pessoalmente, o condicionamento para ser autosuficiente e a predominância de mulheres exemplares eminha vida são as raízes do meu lesbianismo. Antes de me fazer lesbiana, frequentemente me perguntava por que se esperava de mim não dar importância, ou evitar e fazer trivial o reconhecimento e o apoio que sentia das mulheres, a fim de perseguir o assunto tênue da heterosexualidade. Não sou a única.
Como lesbianas políticas, ou seja, lesbianas que resistem aos intentos da cultura predominante de nos manter invisíveis e sem poder, temos (especialmente as lesbianas negras e outras mulheres de cor) que nos fazer visíveis a nossas irmãs escondidas em seus vários tipos de armários, encerradas nas prisões do auto-ódio e da ambiguidade, temerosas de tomar esse passo antigo das mulheres que se unem mais além do sexual, do privado ou pessoal.
Não estou tratando de coisificar nem ao lesbianismo nem ao feminismo. Trato de mostrar que o lesbianismo-feminismo tem um potencial de transtornar e transformar um componente maior do sistema da opressão das mulheres, ou seja, a heterosexualidade viril. Se o feminismo-lesbianismo radical se pretende uma visão anti-racista, anti-classista e anti-ódio à mulher que forma uma união mútua, recíproca e infinitamente negociável; uma união livre das antigas prescrições e proscrições da sexualidade, então toda a gente que batalha para transformar o caráter das relações nesta cultura têm algo a aprender das lesbianas.
A mulher que toma a uma mulher como amante vive perigosamente no patriarcado. E, ai dela. Ainda mais se escolhe como amante a uma mulher que não é de sua raça. O silêncio entre as lesbianas-feministas no tocante ao tema das relações lésbicas entre mulheres negras e brancas na América é causa do velho tabu de séculos e às leis nos Estados Unidos contra as relações da gente de cor e da raça caucasiana. Falando heterosexualmente, as leis e tabus foram um reflexo do intento do amo escravista patriarcal de controlar sua propriedade ao controlar sua linhagem através da instituição da monogamia (só para as mulheres), e ao justificar os tabus e as leis com o argumento de que a pureza da raça caucasiana teria de preservar-se (tanto como sua supremacia). Entretanto, sabemos que suas leis e tabus racistas tanto como raciais não se aplicavam a ele com respeito a sua relação com a escrava negra, assim como suas leis classistas e tabus a respeito da relação entre a classe dominante e os serventes obrigados pelo contrato, não se aplicavam a ele quando decidia violar sexualmente a sua serventa branca. Os descendentes de qualquer uma das uniões entre amo branco da classe predominante e da escrava negra ou da serva branca não podiam legalmente herdar a propriedade nem o sobrenome de seu progenitor branco ou da classe predominante, somente herdavam a servidão de suas mães.
O tabu contra as relações entre a gente negra e branca fora da relação amo-escravo, superior-inferior e propagou na América pra evitar que as negras e negros, brancas e brancos, que compartilham uma opressão em comum nas mãos do homem branco da classe predominante, se organizem contra essa opressão em comum.
Devido a sua brancura, se deu a branca de todas as classes, assim como ao negro devido ao fato de ser homem, certos privilégios no patriarcado racista. A negra, sem ter nem a masculinidade nem a brancura, sempre teve uma heterosexualidade que os homens brancos e negros manipularam à força e à vontade. Ademais, ela, como toda a gente pobre, teve seu trabalho que o homem branco capitalista roubou e explorou a sua vontade. Esta capacidade permitiu a negra um acesso mínimo às migalhas que se concedem aos negros e às mulheres brancas. Assim, pois, quando as negras e as brancas tentam unir-se – seja politica, emocional ou sexualmente – traímos essa história e todas essas questões à relação. O tabu contra a intimidade entre a gente branca e negra foi internalizada por nós e simultaneamente foi desafiada por nós. Se nós, como lesbianas-feministas, desafiamos ao tabu, então começamos a transformar a história das relações entre as negras e as brancas.
Devido à presença, trabalho e tenacidade das lesbianas-feministas (tanto como as análises de interesses múltiplos e o ativismo), muitas lesbianas-feministas brancas começaram a qustionar e mudar suas atitudes racistas e a extender sua perspectiva do feminismo. Por certo, a luta das lesbianas-feministas negras para obter visibilidade catalizou a outras lésbicas-feministas (por exemplo, outras mulheres de cor e judias) a identificar formas relacionadas com seu racismo, como preconceitos culturais e anti-semitismo no movimento das mulheres. Todas juntas trabalhamos para apagar o estereótipo do movimento feminista como exclusivamente branco, de classe média, heterosexual, e dominado por mulheres entre as idades dos 25 e 35 anos, porque estivemos reclamando nosso território nele. Em seu ensaio compreensivo e fundamental, “Hard Ground: Jewish Identity, Racism and Anti-Semitism”(“Terra dura: A identidade judia, o racismo e o anti-semitismo”), Elly Bulkin reflete sobre sua decisão de efetuar mudanças em suas crenças anti-racistas que chegaram a ser uma lição e um modelo para seu ativismo sobre anti-semitismo:
“…Por certo, qualquer atenção que foi dada ao racismo pelas feministas brancas foi resultado de mais de uma década de trabalho de mulheres de cor que constantemente e ruidosamente exigiram que se atente ao racismo dentro e fora do movimento de mulheres. Ainda que eu tenha sustentado que essa idéia por muito tempo, por exemplo, que o racismo tanto como outras opressões, eram injustiça, não tenho nenhuma ilusão de que eu teria começado a atuar sobre essa crença anti-racista sem a presença das mulheres de cor.” 4
Os temas mais importantes para mim neste período da minha vida são as relações com as mulheres e meu trabalho. E nesta época do Reaganismo e do atrincheiramento da direita radical, me preocupo com as ameaças a esses direitos. Uso a palavra “Direitos” conscientemente e ainda considero a facilidade relativa com que eu possa ser uma lesbiana nos Estados Unidos como uma liberdade tênue. Também estou consciente dos que não possuem as mesmas alternativas que eu tenho e que têm que viver essas alternativas no armário. Essencialmente, meu trabalho e minhas relações são semelhantes à Nicaragua – em perigo de serem destruídos. Por certo, a ameaça não é tão imediata nem mortal como os bombardeios aéreos pelos contra-revolucionários financiados pelos Estados Unidos, mas a ameaça prevalece apesar de tudo. Recordem a decisão da Corte Suprema dos Estados Unidos em 30 de junho de 1986 de manter as leis assinadas pelo estado cotnra a sodomia (Bower vs. Hardwick).****
Embora muita da cerceadura e repressão nos Estados Unidos não têm “lesbiana” escrito sobre elas, sabemos que nos afetarão como lesbianas, porque estamos na resistência.
Quando as mulheres, gente de cor, trabalhadores e revolucionários se os ataca, se ataca às lesbianas. Asim pois ainda temos que lutar, e ainda temos que educar.
É uma de minhas esperanças como lesbiana-feminista que mais mulheres agora e no futuro, devido a nossa visibilidade, trabalho e energia, ponham mais valor nas suas relações com mulheres e elijam abertamente ao lesbianismo – como uma política, como um modo de vida, como uma filosofia e como um plano vital.
1. Judy Grahn, “The Commom Woman”, The Work of a Commom Woman (A obra de uma mulher comum).Oakland, CA; Diana Press, 1978), p. 67.
2. Manning Marable, “The Cultural Dialectics of Violence”("A dialética cultural da violência), From the Grassroots: Social and Political Essays Towards Afro-American Liberation (Desde as bases: ensaios políticos e sociais para a libertação afro-americana), Boston: South End Press, 1980, p. 107.
3. Audre Lorde, "Sexism"An American Disease in Blackface"(“O sexismo: uma doença americana com máscara negra”), Sister Outsider: Essays and Speeches (Irmã estrangeira: Ensaios e discursos) Trumansburg, NY: The Crossing Press, 1984, p. 64.
4. Elly Bulkin, “Hard Ground: Jewish Identity, Racism, and Anti-semitism” (“Terra dura: A identidade judia, o racismo e o anti-semitismo”) em E. Bulkin, M. P. Pratt, B. Smith, eds., Yours in Struggle: Three Feminists Perspectives on Anti-Semitism and Racism (Contigo na luta: três perspectivas feministas sobre o anti-semitismo e racismo), Ithaca, NY: Firebrand Books, 1984, p. 146.
*Se refere aos papéis masculino/feminino, ou ‘butch’/‘femme’ que as lésbicas às vezes tomam e que parecem refletir os papéis tradicionais de homem/mulher na relação heterosexual.
- Em particular, quero dar meu agradecimento à “Declaração do Coletivo do Rio Combahee”. Este documento se converteu em um manifesto de pensamento, ação e prática feminista radical ao adotar “a luta contra a opressão racial, sexual, heterosexual e classista”.
*Margaret Walker, autora de Jubilee(Júbilo, Nova Iorque: Bantam, 1960) e Alex Haley, autor de Roots (Raízes, Garden City, NY: Doubleday, 1976) são dois escritores afro-americanos cujas novelas históricas tentam reconstruir o passado afroamericano.
**A Corte Suprema dos EUA decidiu que a Constituiçao não dá proteção às relações homossexuais entre adultos conformes, ainda que na privacidade de seus lares. A decisão mantém que a lei do estado da Georgia que proíbe a todos que engajem em atos sexuais orais e anais pode ser usada pra processar tal conduta entre os homossexuais. A Corte se negou a decidir se a Constituição protege aos casais casados ou outros heterosexuais que sejam processados através dessa mesma lei ou não.
A afroamericana Cheryl Clarke foi uma das editoras de Conditions, uma revista feminista de Nova Iorque. Ela é autora de dois livros de poesia, Narratives: Poems in the Tradition of Black Women (Narrativas: Poemas na Tradição das Mulheres Negras, New York: Kitchen Table/Women of Color Press, 1983) e Living as a Lesbian (Vivendo como uma lésbica, Ithaca, NY: Firebrand Books, 1986). Recentemente terminou um livro de poemas narrativos intitulado, Scarred Rocks (Pedras Cicatrizadas). Atualmente é professora na Universidade de Rutgers, New Jersey.
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Artigo retirado do livro “Esta Puente, mi espalda – Voces de las tercermundistas en los Estados Unidos”(Esta ponte, minhas costas, originalmente “This Bridge Called my Back”: Vozes das mulheres terceiro-mundistas nos Estados Unidos), editado e traduzido por Cherríe Moraga e Ana Castillo, ISM Press, São Francisco-USA, 1988.
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