Olá,
No meu caso, fui percebendo que minha coluna (tortinha, tortinha, coitada) respondia melhor quando eu dormia “no chão” – o que acontecia vez por outra, um squatt aqui, uma casa de parente lotada ali, uma pintura de quarto acolá, uma mudança de barraco… Como sempre fui curiosinha, começei a pesquisar bem de leve sobre isso, e vi que isso é hábito em outras culturas, principalmente no Japão, onde a galera mais tradicional de espuma só tem almofadas pela casa, nada de colchão ou sofá, e são um povo com uma boa saúde ortopédica (entre outros fatores, claro).
Em relação a travesseiro, pra mim é quase o contrário da maioria aqui: também não consigo dormir sem (percebi definitivamente isso esse ano, experimentando por uma semana), mas uso algum bem baixinho, ou então durmo só na pontinha de algum que esteja alto. Ao contrário do Nono, eu só consigo dormir de bruços, e realmente quando a coisa é muito dura o joelho reclama. Para isso, bolei duas soluções: ou usar algo macio o suficiente para amortecer o impacto do joelho mas fino o suficiente pra te fazer sentir o chão duro, ou usar alguma “joelheira” e ser feliz (já enrolei atadura com uma meia por baixo nos joelhos, e funcionou delícia). Eu atualmente uso a primeira opção, e descobri um material muito bom pra isso: por aqui chama-se etaflon, é como uma “espuma de plástico”, sei explicar direitinho não, mas vende a metro (comprei numa casa de coisas de borracha e espuma e tal); vendia normal e também com uma face aluminizada, daí comprei do mais fininho aluminizado e do médio normal, e é per-fei-to! O aluminizado segura a friagem do chão muito bem, e outro me dá a “fofonice” ideal.
Acredito que o lance de ser bom dormir em algo rígido não-afundável tem que ver tanto com a distribuição do teu peso como pela posição da coluna. Afinal, acredito que o maior peso do nosso corpo tá pelos buchos (se bem que no meu caso, pelo tamanho, a cabeça é uma séria rival), assim ao deitar em algo afundável, sua coluna vai acabar ficando curvada nesse ponto, enquanto mais próximo do pescoço e da pélvis vai ficar mais alta, gerando uma posição forçosa e desconfortável ao longo do tempo. Sei por experiência própria que um colchão duro ajuda MUITO – eu dormia em um muito velho e mole, daí achei um na rua bonzinho e sinistramente denso, daí mudei direto de um pra outro; nos primeiros meses, senti maior melhora, mas depois meio estagnei numa coisa não-incomoda-mais-tanto-quanto-antes, mas quando mudei “pro chão” novamente pude sentir uma melhora significativa – talvez se eu mudar pra algo melhor que “o chão”, a coisa continue a melhorar.
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